e mesmo se eu quisesse escrever em letrs graudas, em negrito, mesmo se eu quisesse gritar, gritar até minha garganta começar a arranhar, mesmo se eu quisesse, eu não mais faria, não mais suplicaria, não mais tentaria. os meus " não mais " hoje são de tamanha verdade inescapável, ainda me doe sim. ver o quão rápida eu pude ser substituida, sentir falta da tua risada, e imaginar voce rindo pra outra, desejando outra, acariciando outra, sendo tudo o que voce foi pra mim, em outro colo, outro cangote, outras pernas. sempre me pego distraída a imaginar se voce ainda pensa ou não em mim, se os ponteiros do relógio parecem armas quando se trata em te ver logo menos, se voce ainda me lembra com saudade, se sente o gosto do meu beijo, o cheiro dos meus cabelos, voce me prometeu um mundo, porque agora me deixou sozinha nele?
e mesmo com tudo, por tudo, a única coisa que eu nao consigo é ter raiva de voce, é odiar voce, posso até falar baixinho o seu nome como uma estranha qualquer, mas se eu não falo mais de amor, é algo que agora eu só sinto aqui dentro. noites e noites eu o desejei de volta, mas tudo é uma questão de esperar, calada, SOZINHA, e com paciência.
ainda me faz falta, ainda me faz bem, ainda me faz mal, ainda te amo. o meu ainda, pode se estender por mais de anos, meses, ou apenas...dias.
mas nao mais o quero de volta, o quero por perto, o quero bem, feliz, e é um sentimento que eu ainda nao havia experimentado. voce ja foi o pior pra mim, mesmo continuando a ser o melhor em MIM. ja ouvi grosserias, que chegaram a ser crueldade da sua parte, ja fui ferida, a dor ja chegou a consumir meus dedos, orelhas e pescoço, ja consumiu meu ser por inteira, mas ainda estou aqui, de pé, nao mais suplicando por seu amor escasso, querendo apenas...bom, o apenas eu guardo comigo.