quarta-feira, 17 de junho de 2009


A foto ta ali ó, guardada, embaixo de onde, eu não lembro, mas ta lá... olha, vai la olhar, pode estar até meio empoeirada, mas ta la sim, o anel? ah, na caixinha ao
lado, não sei também quanto a seu estado, faz tempo que nao a abro, mas acho que esteja da maneira como o coloquei meses atrás. Apenas não reviro mais, lembro do
seu sorriso impreso naquela fotografia, mas não sinto mais vontade de vê-la, e claro, seu cheiro não sai do anel, e apenas nao quero mais senti-lo, mas juro que ta
tudo guardado, gosto de saber que guardei, entende? imagino que você entenda... Só nao necessito mais olhar todos os dias, assim como fui deixando de ler as
mensagens e aos poucos trocar ideias contigo, ja que hoje, outras pessoas te fazem bem, e assim, fazem a mim também; Estou bem sabe, voltei a rir do nada, e to
preparada pra outra... mas ta la, ta tudo guardado, sob a poeira, e talvez com alguns indicios de danos, pelo tempo, mas ta lá sim... e la vai ficar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

É so perceber .

- O tempo passa, e com isso, eu olho pra tras, e percebo quantas, tantas coisas ja fiz, algumas boas, outras nem tanto, ja namorei meu melhor amigo, e vi que é
mentira quando dizem que a amizade permanece, pois NAO permanece, nao do mesmo jeito, nem a mesma confiança, simplesmente tornam-se estranhos ao se cumprimentarem na
rua, ja fiquei com meu pior inimigo, e descobri que ele nao é chato demais, mas sim, convencido por muito, ja deixei de lado pessoas que hoje, me fazem uma falta
enorme, e acho que elas nunca saberam a falta que me fazem, ja fiquei quieta quando eu MAIS queria falar, gritar, berrar, jaa engoli cada tipo de sapo, ja aguentei
desaforos por falta mesmo de paciencia, nao por medo, mas por ser uma atitude desnecessaria, a raiva ja tomoou conta de mim, quando menos devia, e hoje, nao me
arrependo das coisas que falei, mas sim, das que se escaparam, e deixei de falar, ja chorei na frente dele, ou melhor, deles, e mesmo assim sinto-me com uma grandeza
inegualavel, nao com sintomas de fraquza, sempre encarei isso como um ato de coragem, e esse conceito eu nao mudo.. ah sim, ja mudei conceitos, e acho que me fizeram
valer a pena, ganhei muitos amigos com isso, ja quis fugir de casa, beeeeeeem naquelas noites frias e chuuvosas, mas nem cheguei ao ponto de pegar o guarda-chuva, a
comida da minha amiga, e ela mesma, me faria falta.Ja usei salto alto em uma festa ' interminavel' e meus dedos pagaram por isso, ja esqueci de levar minha liçao de
casa, em dia de nota, e na verdade, continuo fazendo isso, ja fingi que esqueci alguns, e fingo que esqueco dele, quando na verdade eu sei que ja esqueci, mas, sou
assim, parece que me apego, e nao solto mais, ja cheguei a acreditar em tantas mentiras, que hoje dou risada de todas elas, ja parei em frente ao espelho e me achei
bonita, hoje paro, e nao me acho tanto assim, ja briguei sem motivo, e me fez um bem danado, so consegui ter mais confiança na pessoa ao lado, ja briguei com meus
pais, e so agradeço por cada briga, um dia voce vai entender porque...Ja comi alimentos dos quais eu era alergica, e so o hospital foi meu amigo, ja chorei em frente
a meus pais, amigos, parede, e espelho, e so eu sei o quao foi doloroso esquece-lo, ja tentei tapar me riso com a mão, mas foi em vão, ele chega a ser mais alto
do que o de costume, ja gritei com meu pai pra que ele nao me chamasse pra levantar para ir ao colegio, e mesmo assim, ele chamava, e isso me rendeu, uma otima
faculdade, ja estendi a mao a quem eu odiava e ja me estederam quem me odeia, e as vezes, poucas, as vezes, ainda pego uma boneca ou outra, so por curiosidade.
Cresci, tornei-me mulher na idade em que e menos queria, abandonei os brinquedos e vesti meu avental, e por fim, ja fui feliz com todas as pessoas que me rodeiam, e
sinto falta das que eu nao mais tenho.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Leva, longe, longe daqui.

O vento vem, leve, devagar, como protagonista de minha própria cena, vem chegando, passa por entre os fios do meu cabelo, acaricia minhas bochechas rosadas pelo frio das 6 horas da tarde, passa, leva o vento, ele traz de volta... remove as impurezas de ontem, ante-ontem, mês passado, leva a longe, longe daqui, de tudo!
E o que ontem me fazia mal, hoje não me afeta, o que ontem era o tudo, hoje talvez seja a metade, ou o indicio do nada, é assim, sempre será, e há os que neguem, recusem , se esquivem das circunstancias, não, não, fatos, que devemos ter em mente, todas as vezes em que nos tornarmos amantes de nossa própria existência, errante!
Natural seria mesmo se todos nos soubéssemos amar, amar sem medo, extrapolar, amar sem medo, pular, gritar, olhar dentro do próprio olhar, parar em frente ao espelho, e amar, sair as ruas, e amar também, amar sem se preocupar se é abstrato ou não, se é flor, verão, inverno, ou inferno... amar pelo simples fato de amar, saber amar, saber deixar alguém te amar, simples assim.
Mas volto a dizer, o que lhe fazia mal ontem , hoje não te afeta mais, não da mesma maneira da semana passada, e não como amanhã ficara mais fácil, e vice e versa, ' e o que era caco de vidro, virou um diamante '.
Por isso não busco, nem buscarei pelo eterno, por mais que em algum lugar ele se esconda, não busco por ele, seria uma corrida desesperada, me consumiria muito, e quero ser consumida por outras coisas, outras. A lembrança, é existência permanente, não só na memoria, mas como em todo o ser, permanente, como tatuagem, como queimadura, como ferimento, pode ser que em dias frios e úmidos, doa, mas nada que os cuidados de um outro alguém e nosso melhor amigo - o tempo - nada que não resolva, embora não pareça, vai passar, sempre irá!

Ausência

" (...) Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida (...) "

Vinícius de Moraes.

terça-feira, 9 de junho de 2009

' Eco


Queria sim poder olhar fundo em seus olhos, abraçar-te forte e nao mais largar, ficar imovel, quieta, so sentindo sua respiração se confundir com a minha, e meus braços começarem a ficar dormentes, mas nao sou mais criança, vejo com olhos que não, definitivamente não são meus, aprendi a ser desse jeito, fizeram com que eu fosse assim, nao mais sinto o mesmo doce perfume em todas as manhãs de outuno, nem os risos das tardes tediosas, somente não sou mais criança, sou mais mulher em momentos que eu nao pretendia, e nao desejaria ser. A escolha? pesou para os dois lados, foi minha e tua também, de uma maneira ou outra, os dois lados foram culpados. Perdão talvez seja o esperado, tornei-me imprevisivel, não faço por mal, entenda isso, simplesmente sou hoje, assim!
Olho pra dentro de mim mesma, e me estranho as vezes, pronuncio meu nome ao vão, pronuncio ao vento, e ecoa sob a plataforma diante de mim, vai longe, sozinha e vibrante. Procuro, procuro desesperadamente no escuro, todas as brincadeiras, inocências, nao as encontro mais em mim, estão certamente espalhadas em meu quarto, nos meus livros não lidos, ou desenhos mal rabiscados, estão entre meus brinquedos que hoje apodrecem no armário... e sei que se eu for revira-las , durará apenas o momento da lembrança, e logo depois irá embora, novamente, para voltar , ou nao mais voltar.
Terás que entender, da maneira como eu passei a entender, e a aceitar, que os tempos mudaram, sou mais tua proteção do que voce a minha, nao culpo mais nada, nem mais a ninguém, apenas não preciso mostrar-me inferior, quando muitas vezes eu compreendo que sou capaz de enfrentar novavemente, tudo, de novo!

segunda-feira, 8 de junho de 2009


Saudade... nunca fui de saber exatamente o que era, como era, e porque sentiamos, sabia que a saudade existia, como quando eu era menor, e brincava o tempo todo, sem me preocupar com terceiros, sabia, era e sou convicta de que esse tipo de saudade existia, mas nao imaginava que poderia existir tantos outros! Assim como a saudade daquele que fora embora, pra nunca mais voltar, levado pelo destino, ou para os ceticos, pela propria lei humana e natural das coisas, saudade daqueles que moram longe, e que por meio de telefonemas, cartas, enfim, conseguem trazer para nos um pouquinho de seu mundo, para que possamos desfruta-lo, e eterniza-lo ( nem que por minutos), saudade de quando voce era menor, e seus pais o protegiam, o amavam pelo simples fato de que voce é filho deles, e hoje, hoje as diferenças podem ser tantas, e dali a pouco pesar na relação. Entendi aos poucos, esses tipos de saudade, compreendi da melhor forma, a mais confusa e obscura, a saudade de algo mal terminado, ou sendo mais sincera, terminadissimo, mas sempre fiz meu mundo de ilusão, as vezes é bom,mas também piso com força no chão. Saudade, de todas as juras incabadas e por muito imperfeitas, e todas as horas gastas com baboseiras, tudo se torna tão maior, quando se não possui mais, se multiplica triplica, e assim por diante. Sei que , uma coisa sobre mim ja construi, jamais deixarei de viver, experimentar, saber , por medo do que vira depois, do sentimento de perda, ou seja la ele o que for, jamais me privarei de nada, sou aprendiz aqui na terra, nao serão meras confusoes, que me farão tornar-me fraca, não mesmo!

' Saudade, saudade, hoje eu posso dizer o que é dor de verdade '

domingo, 7 de junho de 2009

Ja tentei em outros abraços, encontrar o seu, tentei, tentei, e hoje acho que foi um fracasso. Por mais que a coisa certa a se fazer seja deixar tudo pra trás, nao dá! As lembranças me afetam de uma maneira um tanto dolorosa, estaria mentindo se disesse que nao penso em voce metade das horas do meu dia, ou que quase todas as musicas me lembram voce, prefiro ser sincera comigo mesma, e dizer que voce ainda esta presente em mim, em quase todos os meus atos, todos os meus risos... todos dizem que nao vale a pena, criticam quando eu digo que estou bem, ou que preciso de voce, preciso sim, da minha maneira, a qual voce nao saberá, nao contarei também, as coisas mudaram muito, as vezes me canso de ter que aceitar, nao quero aceitar!
Mas é necessário, nao sei mais nada quanto a voce, gostaria de estar em algum pedaço de seu dia, seja em uma lembrança, em um cheiro, em um olhar, um sorriso, gostaria... mas isso nao passa de um desejo!

" sinto falta dos olhares, acima de tudo, olhares..."

sexta-feira, 5 de junho de 2009

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Depois de um tempo, ou melhor, anos, começamos a entender que a dor do outro, por mais distante e desconhecida que seja, quando o laço de amizade é maior, nos afeta, talvez não com a intensidade esperada, mas com alguma intensidade. Reconheci isso esses dias, digo, hoje, entendi que amigos não se compram, e nem se encontra em qualquer lugar , e que ser reconhecido como um, é uma das melhores coisas - quando me refiro a melhores, posso sintetizar como a melhor!
Compreendi, de maneira dolorosa, e muito inesperada, que muitas, mas muitas vezes, o silêncio é a melhor dose, seja do que for essa dose, que o silêncio é a calmaria que necessitamos quando mais falamos, e por todas, as palavras de consolo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Refugio

Quem nao fantasia, imagina, cria, crê... todos nós! É natural do ser humano, fazemos porque queremos, cremos no que ate nao vemos, estamos cercados de enigmas, e isso so faz com que façamos mais duvidas perante a tudo o que nos cerca.
Imaginar é a arte de fugir do aqui, do agora, do padrão, mesmo ainda nao sabendo a hora exata de voltar. Vivemos, ou pelo menos eu, vivo em um eterno sonho utopico, é onde me encontro, meu refugio, ja sai da minha bolha, mas mesmo assim, tornou minha necessidade pessoal, revirar cartas, e fantasiar coisas das quais sei que nao irão acontecer, o ato utópico é meu maior crime! Subentendo o que crio, pra que nada fuja de minhas mãos, é meu mundo, onde sei que posso fantasiar.