sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

o tempo rodou num instante.

ele desce as escadas da sua antiga casa, onde hoje, so habita com ele suas fotos e as lembranças guardadas com carinho no lado esquerdo do peito. os sons que ouve nao sao mais os gritos de seus filhos , e sim o canto do sabiá que anuncia o termino do dia, ou do grilo, que traz um indicio de sorte. ele continuar a descer, mas sempre se segurando no corrimao, pois agora seus joelhos sao tao frageis quando uma peça de porcelana, e sua força ja nao é mais tao incrivel, segura-se com força, como que se tivesse formando raizes, raizes aos poucos... o estalo no degrau abaixo, soa como um estrondo nas paredes daquela velha construção, vai da cozinha ate os quartos, ate os banheiros, predomina todo o ambiente, com um brilhante efeito sonoro. o enfeite na janela treme, e as janelas se abrem , levadas pelo vento que acabara de bater intensamente nos espaços vazios daquela casa, a cortina se balança, como um movimento divino e sutil, no qual chega a ser admiravel, o vento entra pela casa, o vento pass por entre seu corpo, seus dedos, seus fios de cabelo, o vento passa e leva consigo o sorriso, as dores... o vento passa e com este, ele se vai....

Nenhum comentário:

Postar um comentário