segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tic-tac, tic-tac. Meus pés tinham de emcubido de ter movimentos próprios e repentinos, ia e voltava com uma facilidade tamanha, e surpreendente. Só ouvia o barulho do ponteiro do relógio se confundir com o canto demasiado das cigarras , do lado de fora de minha casa. Minha janela tinha se tornado um cemitério de cinzas, e como eu desejaria ser uma delas, não havia mais espaço para nem sequer um soprinho.
Era tortuante e ao mesmo tempo confortador esse sentimento de perda, e de vitória ao mesmo tempo. Há tempos não colocava um bom som para tocar na minha sala, ou era por falta de companhia , ou.... é, era por falta de companhia.
Se eu parasse para ageitar os cabelos logo viria um vestigio seu, de tamanho qualquer, miudo ou não, ali viria. Dessa forma fui preferindo apenas me entregar a doce canção que meus joelhos insistiam em seguir.
Era um terça-feira, dessas terças feiras normais e sem nada demais. As contas viriam pra minha casa, eu teria que pagá-las, teria que limpar meu apartamento, cozinhar, caminhar, continuar. Irônico, ironico e egoista é esse tal de amor...de destino.
Por uma fração de segundos ainda tivemos um ao outro, o meu lençol na tua perna, seus dedos em meu cabelo, ilusório. Todas as palavras são tao efemeras, que hoje sou convicta de que promessas não são contratos, muito menos duradoras. Eu não quero que minha campainha toque, não quero ouvir o toque do meu celular, muito menos o interfone.
Talvez, essa indiferença, por um lado possa ser construtiva, afinal, quem nunca cresceu com a perda? Ta ai, perda. Palavrinha assustadora, sem porques, e definitivamente realista. Perda. Todo mundo lida com perdas, fracassos, e mais perdas. Essa não seria a ultima delas.
Sua imagem está distorçida no chão do meu banheiro, e eu nem meço mais esforços para consertá-la. Não é que eu não queria mais cançoes de amor, só que no momento, to muito mais pra Eddy Vedder a Alanis Morisette.
Conseguiu tudo o que queria, uma platéia, um enredo, e uma atriz principal. Parabéns, e meus aplausos dessa vez serão de pé. Estonteante sensação de vitória, não é mesmo? Até parece um orgasmo, um delicioso e demorado orgasmo, único, e passageiro.
A canção do meu rádio já esta acabando, mas eu insisto em querer acompanhar a música. Mera distração, obra do acaso. Nem me recordo mais da ultima vez, de todas as nossas ultimas vezes. Nem me recordo mais de muitas coisas.
E não é que ainda coube uma cinza a mais na minha janela, que ironia.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Desastre. O sussurar dos cacos no chão, ensurdessem meus tímpanos, prendendo minha respiração e meus pés ao chão. Parece que agora, aqui, só há um vazio. Dececpção, a imagem está estirada ao chão, mas todos os pedaços estão longe um do outro, e seria uma imensa ousadia minha tentar consertá-los um a um, talvez agora seja a hora de apenas deixar ser , “ let it be “.
Afinal, esse cheiro que ainda insiste em me pertubar, rodeia a porta do meu quarto, meu travesseiro e a nossa foto, que infelizmente, fui incapaz de tirar. Ninguém disse que isso seria fácil, esse engano que se tranformou em um nó na minha garganta, parece que alguma coisa quer saltar fora, e as borboletas mesmo assim continuam a permear meu estomago.
Te dou o poder de adivinhar : O que é o que é, continuar tentando mesmo quando tudo já se foi?
Se voce disse burrice, acertou, se voce disse amor, ganhou o prêmio mais alto de todos.
E não é que esse sentimento ainda está amarrado em mim, mesmo com as mentiras, mesmo com esse nojo todo, mesmo com tudo, parece que os ventos foram incapazes de levar voce com ele, mesmo sabendo que pra voce, eu já me fui há tempos.
E eu nem mais sei se chega a doer, se isso é dor, se isso é algo. Pavor. Agora ando com medo da minha propria sombra, e de confiar em qualquer pessoa, eu te disse que não queria que fosse assim, não disse?
Queria guardar tua imagem junto a meu peito, e acaricia-la quando eu quisesse, na hora em que eu quisesse, por um apenas querer demasiado de você. Fiasco. Voce conseguiu estragar o restante de sentimento bom que ainda estava cravado no meu peito.
E mesmo assim eu insisto em dizer que isso é amor.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E dessa vez não seria mais um “ volto logo, so irei buscar meu casaco no carro”, não seria apenas uma fração de tempo que se resolveria depois em instantes com uma boa taça de vinho, dessa vez seria outra primeira vez, seria um adeus talvez, seria um “ já fui, não espere por mim”.
Mas a vontade chega a ser tão maior, que mesmo em noites quentes assim, o pensamento volta a rodea-la com idéias malucas, frases perdidas e tudo o que já foi, já passou, e la, por la ficou.
A última vez em que se viram, nem mais lembra direito da voz, do toque ou até mesmo da sutileza de seu caminhar – quase sempre apressado – em vê-la. A última vez em que se viram, a imagem dele parecia ter sido feita sob medida para ela, com uma aureola em volta daquele seus lisos e lindos fios de cabelo, e sua luz reluzia tão fortemente em seus olhos que a mesma seria incapaz de fecha-los, nem se quer por um segundo, por um misero segundo.
A mesma estava do lado de fora de casa, sem avisar, sem chamar atenção, so na escuridao, que aos poucos ia tomando conta de todo o seu corpo, até mesmo desapareçer e se camuflar junto a ela, onde so era possivel sentir sua respiração fazer efeito sob as folhas que havia la perto, levando-as longe com o auxilio do vento.
Mas aquele momento fez com que seu coraçao voltasse há mais ou menos 15 anos atras, a imagem do garoto que estava vendo, já não era de um garoto e sim de um homem, a imagem havia se congelado em um espaço de tempo em que ela criara para os os dois ( ou somente a ela ), e sua vontade era de que ao menos seus olhos fossem capazes de registrar a sutileza desse momento com flashs assustados ou até mesmo bem elaborados.
Tudo mudara de anos para cá, as vozes, feiçoes, tudo, o que permanecerá naquela mulher, menina, ainda cheia de mil sonhos, e esperas , era talvez o balbuciar de seus joelhos toda a vez que o via em sua frente, e a tremilhidão nas mãos, nas vezes em que ao menos podia sentir os fios dos cabelos dele, entrelacarem os dedos teus.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

se eu te pedir pra não demorar, voce atende minha súplica? não consigo encontrar diretriz com a tua ausência demasiada em todos os segundos do meu dia, do palpitar do meu peito. se eu disser que idealizei tudo em voce, e voce foi simplesmente tudo o que eu idealizei, voce volta atrás? eu já te disse, que não precisa ter medo. pra que tanto medo, meu menino?
as frases ditas em meio a confusão, e tristeza, foram meras....frases. tu sabes muito bem, que te esquecer é algo que eu não vou conseguir fazer, e nem irei fazer, me traz de volta teu amor, me traz de volta teu colo. so me ensine a guardar o meu amor, junto ao teu. nunca me imaginei assim, a gente se ama porra, pra que sofrer assim, pra que tanta dor. a espera pode ser longa, afinal, eu nem ao menos sei pelo o que eu espero, ou se realmente é válido esperar. tudo muda, e eu ando rezando baixo pelos cantos pra que NÃO mude, meu bebê. ouvir tua voz esses dias, encheu meus olhos de tamanha alegria incontanvél, acho que foi uuma das poucas vezes que uma ligação de apenas 2 minutos me fez tão bem em toda a vida, " vai ser dia 27 bebê, nao vai esquecer do dia 27 " , e como eu poderia? tudo ta comigo, guardado, trancado, e na espera, na dor, tortuosa, e esperançosa espera. EU SOU TUA.


promete que não demora? promete?